sábado, 28 de outubro de 2006

Despenalização do aborto...

«Concorda com a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, se realizada, por opção da mulher, nas primeiras 10 semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado?»

Há dias, numa das "pausas para pensar" da RFM dizia-se mais ou menos isto: «é estranha a passividade dos Cristãos, pastores e leigos, perante um assunto tão sério»...
É realmente estranha esta passividade, mas mais estranho ainda é o facto de algumas (muitas) pessoas que se afirmam cristãs colocarem a hipótese de votarem "sim" no próximo referendo para a despenalização do aborto.
Estranho também é o facto de num país onde não há pena de morte para criminosos (e ainda bem, obviamente) se queira instituir a pena de morte para inocentes...

Os políticos da nossa praça, a quem está entregue o governo do nosso país, vão-se antecipando, avançando já para a legalização de clinicas espanholas que se pretendem instalar em Portugal. É um caso de saúde pública, argumentam alguns... Mas será só a saúde da mãe (que não o quer ser) a contar? E a vida que em si se gera, não terá qualquer valor? Aparentemente não...

A Igreja deve ser a primeira a tentar alertar as pessoas, alterar consciências, numa defesa da vida humana, desde o primeiro momento: a concepção. É esse o seu dever, se quer ser uma digna seguidora de Cristo.

Afastemos, no entanto, o aspecto religioso deste assunto... Será que, com os meios anti-concepcionais que existem actualmente e a sua divulgação, alguém poderá engravidar por falta de informação? Será que um momento de prazer justifica criar uma vida para a eliminar logo a seguir, com a simplicidade com que se deita fora uma peça de roupa que já não se quer? Será que esta decisão pode estar entregue única e exclusivamente à mulher, "apenas" porque é ela que carrega a vida no seu ventre? Eu diria que não... Nada justifica terminar uma vida apenas porque não se quer carregar o "fardo"!

Voltando ao argumento da "saúde pública"... É preciso legalizar o aborto para que as mulheres que o desejam fazer não corram riscos desnecessários? Para não correrem riscos só têm que cumprir a lei.Ponto final. Caso contrário, teriam que se alterar todas as leis, legalizar assaltos e homicídios (afinal de contas, ninguém quer correr o risco de ir preso).


No próximo referendo, eu votarei NÃO, porque todos merecem a mesma oportunidade que as nossas mães nos deram...


Rui Aresta

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